A condromalácia patelar é uma condição ortopédica que afeta a cartilagem sob a patela, ou rótula, no joelho, e é uma das principais causas de dor no joelho, principalmente entre os jovens e atletas.
Caracterizada pela degeneração ou amolecimento da cartilagem, a condromalácia patelar pode resultar em uma variedade de sintomas debilitantes que impactam a qualidade de vida.
Neste artigo, vamos falar mais detalhes sobre essa condição, seus sintomas, como é feito o diagnóstico e as opções de tratamento para lidar com ela. Continue a leitura!
O que é condromalácia patelar?
A condromalácia patelar é uma condição em que acontece a degeneração ou amolecimento da cartilagem localizada sob a patela, também conhecida como rótula, no joelho. Essa cartilagem, chamada de cartilagem patelar, atua como uma almofada protetora entre a patela e o fêmur, permitindo um movimento suave e sem atrito do joelho durante a flexão e extensão.
Quando acontece a condromalácia patelar, a cartilagem patelar pode ficar irregular, amolecida e com áreas de desgaste, resultando em desconforto, dor e inflamação na região do joelho.
É importante destacar que essa condição é comum em situações em que há muito estresse sobre o joelho, como durante a prática de corrida e movimentos repetitivos, e que pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais comum em adolescentes, jovens adultos e atletas.
Os sintomas da condromalácia patelar
A condromalácia patelar pode resultar em uma série de sintomas debilitantes e perceber esses sinais é fundamental para que um diagnóstico precoce possa ser feito e também para prevenir complicações futuras.
Abaixo, estão alguns dos sintomas mais comuns associados à essa condição:
- Dor na região anterior do joelho, principalmente ao dobrar ou estender a perna;
- Sensação de crepitação e estalos ao movimentar o joelho;
- Rigidez ou dificuldade em movimentar o joelho depois de longos períodos de inatividade;
- Inchaço ao redor da patela;
- Sensibilidade ao toque na região da patela;
- Fraqueza muscular na coxa e na perna afetadas;
- Dificuldade em subir ou descer escadas;
- Instabilidade ou sensação de que o joelho pode “ceder” durante a atividade física;
- Desconforto prolongado após atividades que envolvem flexão repetitiva do joelho, como agachamentos ou corrida, por exemplo.
- Piora dos sintomas ao ficar sentado por longos períodos com o joelho dobrado.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico da condromalácia patelar geralmente envolve uma combinação de história clínica, exame físico e exames de imagem.
Durante a história clínica, o médico vai fazer perguntas detalhadas sobre os sintomas, histórico médico e atividades físicas do paciente. Tais perguntas podem ser direcionadas, por exemplo, para a natureza da dor, quando os sintomas começaram, as atividades que pioram a dor, entre outros.
Já durante o exame físico, o médico pode realizar diversos testes para avaliar a estabilidade, amplitude de movimento e sensibilidade do joelho. Além disso, ele pode procurar por alguns sinais da condição, como inchaço e fraqueza muscular.
Os exames de imagem também são, muitas vezes, parte do processo de diagnóstico. Entre alguns exemplos está o raio X, que pode ajudar a descartar outras condições e a ressonância magnética, que fornece detalhes precisos sobre a cartilagem patelar.
Em alguns casos, é possível que o médico solicite, também, uma artroscopia, que é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo em que uma pequena câmera é inserida no joelho para examinar diretamente as suas estruturas, como a cartilagem.
Os métodos que serão escolhidos para diagnosticar a condromalácia patelar podem variar de paciente para paciente. É com base neles que o médico poderá desenvolver um plano de tratamento que seja adequado às necessidades de cada paciente.
Como tratar?
Os tratamentos para condromalácia patelar variam de acordo com a gravidade do problema, a idade do paciente, a atividade física praticada e a necessidade individual de cada paciente. É possível que se opte, por exemplo, por abordagens mais conservadoras até as mais invasivas, como a cirurgia.
Tratamento conservador
O tratamento conservador é, muitas vezes, o primeiro passo no gerenciamento da condromalácia patelar.
Nesse tipo de tratamento pode haver, por exemplo, fisioterapia, com exercícios focados no fortalecimento dos músculos ao redor do joelho e melhora da estabilidade. Além disso, crioterapia e terapia de compressão, ou seja, a aplicação de gelo e uso de bandagens compressivas com o objetivo de diminuir a inflamação.
Pode ser recomendado, também, evitar atividades de alto impacto que sobrecarregam o joelho e o uso de anti-inflamatórios para alívio da dor e diminuição da inflamação.
Injeções Intra-articulares
As injeções intra-articulares são administradas diretamente na articulação do joelho e podem conter substâncias como corticosteróides ou ácido hialurônico, que são utilizadas para aliviar a dor e reduzir a inflamação.
É importante ressaltar que essas injeções são uma medida temporária e podem não resolver o problema que está causando a condromalácia patelar. Sendo assim, são, geralmente, utilizadas como parte de um plano de tratamento.
Cirurgia
Em casos graves ou quando os tratamentos conservadores não proporcionam alívio suficiente, intervenções cirúrgicas podem ser necessárias.
Entre algumas opções cirúrgicas para condromalácia patelar está a artroscopia, que é um procedimento minimamente invasivo realizado para remover tecido danificado, alinhar a patela e reparar outras anomalias estruturais.
Além disso, o realinhamento patelar, cirurgia para corrigir desalinhamentos anatômicos que contribuem para a condromalácia patelar, e o transplante de cartilagem, que restaura a integridade da cartilagem patelar danificada.
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